O Dia Mundial das Comunicações Sociais, estabelecido pelo Concílio Vaticano II, foi criado no ano de 1966, no pontificado do papa Paulo VI. Entretanto, somente no dia 07 de maio de 1967 celebrou-se, pela primeira vez, no mundo inteiro, este dia. Desde então, é festejado sempre no domingo da Ascensão.
Três objetivos foram fixados pelo Concílio Vaticano II que sintetizam as ações a serem debatidas para a melhor utilização das mídias sociais:
• A formação de consciências frente às responsabilidades que tocam a cada indivíduo, grupo ou sociedade, como usuários desses meios.
• O convite dirigido a todos os que creem para rezar a fim de que tais meios sejam empregados conforme o desígnio de Deus sobre a humanidade (ou seja, para o bem comum).
• O estímulo oferecido aos católicos para sustentar com generosidade, num gesto de solidariedade, as iniciativas de evangelização no campo da comunicação social.
Portanto, com o intuito de “suscitar na Igreja e no mundo uma atitude social nova e salutar com relação ao uso desses instrumentos”, desde 1967, os Papas escrevem anualmente uma mensagem, discorrendo sobre o tema escolhido para a reflexão de cada ano.
Tradicionalmente, a divulgação do tema é feita no dia 24 de janeiro, dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e escritores. Este ano, 2020, a mensagem do Papa Francisco para celebrar o Dia Mundial das Comunicações sociais traz esta reflexão “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2). A vida faz-se história”. A seguir alguns trechos dessa mensagem:
1. Tecer histórias
“O homem não só é o único ser que precisa de vestuário para cobrir a própria vulnerabilidade (cf. Gn 3, 21), mas também o único que tem necessidade de narrar-se a si mesmo, «revestir-se» de histórias para guardar a própria vida.”
2. Nem todas as histórias são boas
“Quantas histórias nos narcotizam, convencendo-nos de que, para ser felizes, precisamos continuamente de ter, possuir, consumir. Quase não nos damos conta de quão ávidos nos tornamos de bisbilhotices e intrigas, de quanta violência e falsidade consumimos.”
3. A História das histórias
“O próprio Jesus falava de Deus, não com discursos abstratos, mas com as parábolas, breves narrativas tiradas da vida de todos os dias. Aqui a vida faz-se história e depois, para o ouvinte, a história faz-se vida: tal narração entra na vida de quem a escuta e transforma-a.”
4. Uma história que se renova
“Depois que Deus Se fez história, toda a história humana é, de certo modo, história divina. Na história de cada homem, o Pai revê a história do seu Filho descido à terra. Cada história humana tem uma dignidade incancelável. Por isso, a humanidade merece narrações que estejam à sua altura, àquela altura vertiginosa e fascinante a que Jesus a elevou. […] Cada um de nós conhece várias histórias que perfumam de Evangelho: testemunham o Amor que transforma a vida. Estas histórias pedem para ser partilhadas, contadas, feitas viver em todos os tempos, com todas as linguagens, por todos os meios.”
5. Uma história que nos renova
“Em cada grande história, entra em jogo a nossa história. Ao mesmo tempo que lemos a Escritura, as histórias dos Santos e outros textos que souberam ler a alma do homem e trazer à luz a sua beleza, o Espírito Santo fica livre para escrever no nosso coração, renovando em nós a memória daquilo que somos aos olhos de Deus. […] Narrarmo-nos ao Senhor é entrar no seu olhar de amor compassivo por nós e pelos outros. A Ele podemos narrar as histórias que vivemos, levar as pessoas, confiar situações. Com Ele, podemos recompor o tecido da vida, cosendo as ruturas e os rasgões.”
Fonte: https://paulinascursos.com/sobre-o-dia-mundial-das- comunicacoes/
https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-01/mensagem-do-papa-francisco-dia-mundial-das-comunicacoes.html
Veja a mensagem completa do Papa Francisco aqui
